Cidadão Digital?

Todo emaranhado tecnológico atual ajuda no desenvolvimento de uma nova geração. São os aparatos tecnológicos que vão fazer do livro impresso artigo de luxo; o jornal impresso, coisa pra se ter em terraços de cafés acompanhados de capuccino ou frappe de maçã; qualquer coisa que combine bem com um pouco de sol e nada pra fazer. Algumas olhadelas e booom! Já lêmos o jornal! A velocidade das informações confundem-nos. O que era novidade enquanto eu escrevia esta linha logo após o ponto final anterior já está obsoleto. Estamos, digo "estamos" porque nascemos já faz algum tempo, presenciando o nascer desta geração na adaptação brutal à essa tecnologia, aos gadgets e games. De acordo com uma pesquisa publicada hoje no Reino Unido, 73% das crianças com idade inferior à 10 anos, possuem um celular! Pasmem ou não, o mundo das facilidades está também à disposição dos pequeninos! Mas essa pesquisa só me chamou mais atenção por causa de outra! É que o prefeito de Londres, Boris Johnson, apresentou um novo esquema que pretende incentivar os londrinos, especialmente as crianças,  o cultivo de uma pequena horta em qualquer espaço disponível. Plantar, cultivar, colher para consumo. Que seja um tomateiro! Básico não? Parece mesmo, mas a pesquisa publicada sobre este assunto tão básico, mostrou que 1/3 dos jovens e adolescentes com idades correspondentes entre 7 a 14 anos, não tem nem idéia de quanto tempo uma cenoura demora da semeadura até a colheita! Bom, sejamos sinceros conosco, nem sabemos nós o exacto dado que responderia uma enquete destas! O outro lado da pesquisa aponta para a total ignorância no factor "bacon": metade dos mesmos que participaram da enquete anterior acham que o bacon vem das ovelhas! Uau, ou melhor: beeeeeeee!

A tecnologia não me espanta. Os novos e fantásticos games também não! Confesso, sou usuário! Mas as vezes sinto-me nostalgico e lembro-me do atari, river ride, pacman, enduro, pitfall, essas coisas da minha infancia entre as mangueiras e goiabeiras no quintal da minha avó. Essa história de cidadão ou geração digital, só me leva a crer que rumamos para o obsoleto do simples e a glorificação do sofisticado, mas se faltar energia tá tudo perdido!

O melhor filme que vi nos últimos 10 anos!

Estava mesmo ancioso por ver o Avatar! Foi mesmo muito mais emocionante porque foi em 3D, tudo muito colorido, real, próximo. Depois de 162 minutos de filme, temos a sensação de que realmente estivemos dentro daquele mundo. Um mundo criado ao mais mínimo detalhe. Dizem que cada folha, cada ser, cada pequeno detalhe foi idealizado pelo próprio diretor!

Mas existem muitas coisas por detrás desta mega-produção. Foram 12 anos para terminá-la! Lenda ou verdade, só imaginar 12 anos de trabalho pra perceber que vale mesmo ser chamada de obra-prima. A história acontece numa lua, chamada Pandora. Dado curioso a salientar, é que alguns cientistas também tecem a possibilidade de se encontrar melhores condições para a sustentabilidade de vida em luas do que realmente nos planetas. Pandora tem os Na´vi como habitantes naturais; uma raça alta, de pele azul e cauda, aliás; são mesmo lindos; e claro, os "humanos" que estão por lá para explorarem uma pedra preciosa que é encontrada em abundância em Pandora, é o tal inobutanium. De um lado: os exploradores, que por ironia do destino, são brancos, estão armados até os dentes, e não parecem querer economizar munição pra conseguirem o que querem; e do outro: os Na´vi, pacíficos e altamente conectados com aquele mundo de forma mesmo físico-mística, enfrentam como podem essa tentativa invasiva.

Há também um grupo de cientistas envolvido que consegue, no estilo Matrix, entrar em corpos criados geneticamente para infiltrarem no meio dos Na´vi na tentativa de descobrirem como vivem, costumes, língua, em outras palavras: domesticá-los.

Tudo isso pareceu-me um deja vú. Os exploradores do passado, também fizeram a mesma coisa: mataram em busca do ouro e outras materias primas, coisas que tinham um valor espiritual ao povo de cada terra primitiva. Os cientistas me fizeram lembrar os religiosos: que catequizavam os primitivos.

Mas, num filme de pouco mais de 230 milhões de dólares, não poderia faltar um romance, e exatamente o de um homem branco com uma nativa. Esse jovem, americano, que faz uso de uma cadeira de rodas, é o herói do filme; só mesmo um homem branco pra liderá-los contra os outros brancos.

Dá mesmo pra ver a história de outros povos sendo recontada, só que com mais efeitos especiais, cores e final feliz!