segunda-feira, julho 25, 2011

Oslo killer!

A história presenciou inúmeras atrocidades em nome da fé e da crença. Mas crer é poder, diria o mais fervoroso crente! Poderíamos acrescentar outros adjectivos à lista e terminaríamos com o cliche: amor!
Só que poder não é fazer crer ou querer que outros tenham a mesma fé ou crença que tens! Querer não é enfiar goela abaixo aquilo que quer que o outro engula!
Tudo bem que no domínio do seu quintal ou do seu "cafofo", você seja o controlador da sua imbecilidade ou da sua ignorância, e apesar de tudo, se não for contra os direitos dos que vivem no mesmo teto, pode até ter o controle da sua estupidez ou estúpidos ao seu controle!
Fazendo com que apenas um estalar de dedos, ou sonoro bofete, seja suficiente para ter aquilo que quer, fazendo uso da força para escravizar os outros em nome da sua crença ou vontade.
Já queimaram pessoas na fogueira? Já. Fizeram mártires? Sim. Explodiram inocentes? Continuam fazendo isso! Marcham católicos de um lado, e protestantes do outro? Sim. Apartheid religioso? Sim, confere!
Tudo em nome da fé? Nem tanto.
Em nome do fanatismo? Talvez. Em nome da ignorância? Mais do que certamente.
O assassino-psicopata de Oslo, era católico conservador e anti-culturalista. Possuía carteirinha do clube de tiro, licença para duas armas, uma delas, uma Glock semi-automática. Foi membro de um partido de extrema direita. Escreveu 1.500 páginas sobre sua ideologia contra o multi-culturalismo e anti-islão, tinha página na internet, no facebook e inclusive vídeos no youtube. Muito provavelmente: fãs!
Aos 32 anos de idade Anders Behring Breivik's entra para história como o maior terrorista-solo de todos os tempos. 90 minutos. O tempo de um jogo de futebol. Em 90 minutos ele definiu a partida da vida para 98 pessoas, e os números continuam aumentando.
Entregou-se sem resistência quando a polícia chegou. E hoje à tarde, diante do juiz, seu advogado - um minuto!! Advogado??? - Ah, ok, por um momento pensei que estava na época bíblica, e isso me pareceu estranho. Tempos modernos: assassino convicto! Matou mesmo! Mas é um "ser humano" merece um jugamento justo.
Desculpe aos defensores da santa ignorância adquirida, mas um criminoso como esse e muitos outros não deveriam ter direitos. Dá até pra imaginar o advogado de defesa "ele fez isso porque na cabeça dele isso estava certo".
Faz-nos lembrar que racismo é crime; a escravidão foi abolidada há muito tempo atrás. Toda forma violenta (verbal ou física) de não aceitação da individualidade, que mal nenhum te faz,  é crime!
Então porque não abolir a intolerância? Pronto. Um rei, um governante que tenha culhão, chega numa conferência de imprensa e faz como fez a Princesa Isabel com a escravatura: "Abolimos a intolerância"!
Chega de cometer crimes em nome da individualidade religiosa! Chega da má interpretação do bem! O que é bom pra um, pode não ser para o outro!  Chega de cometer maldade para se conseguir o "céu".
O assassino de Oslo publicou em seu blog um texto do filósofo inglês John Stuart Mill que diz - " Uma pessoa com uma crença têm a força de 100.000 pessoas que estão apenas interessadas no assunto". Será que ele mesmo entendeu isso?
Que merda de crença é essa!
E esses outros 100.000 interessados?
Em que época da história vivem?
Numa época chamada: intolerância!

domingo, julho 03, 2011

E agora o tenis...

Entre o devorar do livro "The 4-hour work week", um pote de sorvete e rádio Itabaiana pelo iPhone, tenho observado jogos de tenis. Um pouco confuso pra mim, amante de futebol, pra entender a pontuação do jogo e os saques trocados. Verdadeiros tecnico-atletas! E histórias não param de surgir quando falam daquela jogadora que fez cirurgia de redução de seio, daquela que nas horas vagas é modelo, da outra que é cantora, empresária, ou daquelas que apenas jogam tenis. 
Nesse exacto momento, Nadal joga com Djokovic. O primeiro faz sempre uma parada táctica para retirar a cueca da gaveta antes de sacar, o segundo, dá show, mas ainda não apresentou visível mania, mas explodiu nervosamente descontando na raquete em um outro jogo.
Vou esperar pra ver quem ganhar, enquanto durar o sorvete. Se se prolongar, vou ao off-license ao lado pra comprar mais!

terça-feira, maio 03, 2011

O assassinato de um assassino.

Quando pensamos nas atrocidades cometidas por alguém, nos colocamos numa posição confortável de juiz, determinando a pena, o castigo. Se o caso tiver muito próximo de nós, acontecido a um familiar, então vamos ao delírio e apertamos o gatilho, ou empurramos o banquinho que sustenta o futuro enforcado!
Somos todos assim. É da natureza humana e pronto.
O que dizer sobre um grande crime? Ou ainda, digamos, um criminoso procurado pelo Raimundo e por todo mundo? Todos nós ouvimos falar dele, o Osama Bin Laden. Temível articulador do terrorismo mundial. Dizem que dele vieram as ordens e planos no atentado ao World Trade Center. Também segundo outros, teve participação nos atentados contra o sistema de metro em Londres.
Não podemos esquecer que o mesmo teria sido treinado em campo inimigo. Numa temporada americana. Tudo isso claro, de acordo com a "lenda". A mesma que vai ficar pra história quanto ao seu assassinato.
Claro que era uma notícia que o Mundo inteiro esperava, mas não queria ouvir. Esperava-se o extermínio do indivíduo. Mas quem o faria? Quem?
Numa acção de precisão à filme missão Impossível, mas sem o Tom Cruise, o exército americano invadiu a casa onde o inimigo se escondia, que por sinal não distanciava-se mais do que 200 metros do quartel do exército Paquistanês!
A missão foi seguida ao vivo, filmada e transmitida à Casa Branca, com uma audiência ilustre onde no topo da lista estava o Sr.Presidente Barak Obama. A notícia estampa todos os tablóides brintânicos "Covarde até o último momento", pois o criminoso usou a mulher como escudo humano para se defender do exército fortemente armado que invadia seu esconderijo!
Uma mulher pronunciava seu júbilo pela BBC esta tarde, enquanto uma multidão festejava com alegria no Ground Zero - NY.
É incrível!
Pergunta: E agora, quem vai ser o próximo?
Se essa moda pega, ou se o povo apóia, voltamos a estaca zero. Voltamos a condenação sem julgamento. Voltamos à justiça com as próprias mãos. Assassina o assassino e joga o corpo ao mar!
Nesse mundo moderno e conectado, esqueçam as armas tecnológicas e os possíveis passeios pelo espaço! Na terra do futuro, o presente conduz-se de forma bíblica: "Olho por olho, dente por dente".

sábado, fevereiro 12, 2011

Dita-dura x Dita-mole

O símbolo do entreposto político no oriente foi destronado depois de 30 anos no poder. Os eventos que antecederam esse acontecimento foram cuidadosamente acompanhados pela comunidade internacional. Havia muito em jogo. Como sempre começa nos interesses internacionais. Os inquietos parceiros financeiros, do lado do povo, da democracia.
Os egípcios reclamavam da pobreza, da corrupção, da falta de emprego, da falta de perspectiva de vida, todas essas coisas que todo o resto do mundo reclama, incluindo mundo "civilizado" de "primeira". Pobreza há até mesmo na Inglaterra. Corrupção esta espalhada por todos os cantos do poder mundial, quem não conhece o primeiro ministro Italiano. A falta de emprego amedronta Portugal e Espanha. Sobre a perspectiva de vida, tirando a Suécia onde suicidam-se por que a perspectiva é muito boa, que tal perguntar ao nordestino brasileiro, que na sequidão do Ceará, não conhece muito dessa coisa de "perspectiva". Se lhe perguntasse qual era a tradução, provavelmente ele diria, "chuva".
Não sou a favor da ditadura, muito menos do Mbarak. Que ele possa... seguir com a sua rica vida, e que possa deixar os egípcios sonharem com a democracia, a igualdade de oportunidades, igualdades sociais, que num discurso de alto-falante, parecerá socialismo. Mas agora é só festa. As comemorações já ultrapassam as 24 horas.
Não podemos esquecer que quando sai um governo, entra outro! E é aí que mora o perigo! O novo governo vai representar um povo cansado de ser passado pra trás. Vai ter que governar para as massas. Lembra? Demo-cracia? Vai ser cobrado! Vai ter que piar fino! No sapatinho! Todas essas expressões só querem dizer uma coisa: escreveu não leu, o pau comeu!
Enquanto a festa acontece, quem poderá garantir que não terão um governo corrupto, governantes corruptos, políticos corruptos? Quem garantirá uma drástica mudança para o povo egípcio?
Parafraseando o Rappa, "depois da bença o peito amassado...é hora do cerol, é hora do traçado...", quem é pobre, vai continuar pobre, com mais esperança é claro, porque isso é governar para o povo. Certo é que quem chegar ao poder, se for rico ficará mais rico ainda, e, se for pobre, certamente enriquecerá.
Que caia a ditadura, mas a triunfante democracia não quer dizer isenção de corrupção. E lá vai ela, bonita e formosa, na passarela da vida, cheia de sonhos e esperanças, confiante, democrática!
Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, janeiro 27, 2011

O que sabem as mulheres?

Antes mesmo de nascermos, no aconchego do ventre materno, nossos progenitores criam expectativas. Será um menino? Ou menina? Seria advogado, médico-doutor, se fosse menino; e médica, advogada-doutora; se fosse menina. Outra possibilidade ao rebento, menino, era ver se tinha apetencia suficiente para a bola. Mais especificamente: futebol. Isso sim dá dinheiro nos dias de hoje! Muitas destas expectativas caem por terra quando a criança decide seguir outro caminho, ou mesmo, no caso do menino, não ter o mínimo talento para jogar futebol, ou o da menina, que depois de apaixonar-se, não quer saber mais de estudar. E tudo poderia exactamente o contrário. O vice-versa da vida. Seja ela na expressão feminina ou masculina. Temos iguais garantias de que existimos assim que nascemos. Percorremos caminhos diferentes, ou somos percorridos por esses caminhos. O início é único, mas o fim também o é.
O comentarista do SkySports, Andy Gray, se deu mal nesta semana, quando fez um comentário machista em relação à uma assistente do árbitro. Disse "...e desde quando mulher entende de linha de impedimento...", comentário esse que enfureceu muita gente. E nem tanto muitos outros. Verdade seja dita, a forma como foi dito, parecia uma daquelas piadinhas que sempre fazem em relação a mulheres, loiras, pretas, amarelas, não interessa, tem o mesmo tom jocoso.
Aparentemente, o comentário acima fora feito fora do ar, mas de forma "miraculosa" vazou, e todo mundo ficou sabendo. Pergunta: como assim vazou? Andy Gray, foi despedido, por justa causa, sendo levado ao ridículo para servir-se de exemplo. Abrindo uma brecha sem precedentes nos direitos trabalhistas em todo o Reino Unido. Se a moda pega, os tribunais vão ter pilhas e pilhas de processos. 
Mas o problema do comentarista de futebol é o de ser uma figura pública, e por assim ser, tem que colocar freio na língua, guardar seus comentários estúpidos para as horas de estupidez, quando se diverte numa roda com cerveja e cigarros, sem ter que se preocupar se está sendo gravado ou filmado. Se bem que nos dias de hoje é quase impossível.
Uma celebridade não tem como desligar o REC. Por mais que tente, vai ter sempre ali, alguma coisa escondida, pra dar a testemunha electronica do alheio. De qualquer forma, Sr. Gray, sabido como é, devia saber que uma mulher tem as mesmas e muitas vezes mais capacidades do que o homem pra realizar qualquer trabalho. E qual foi o homem que nunca errou? O comentário foi maldoso, sem dúvida. Digna de aplausos, foi a assistente, que além de ter apitado correctamente o lance no jogo, desculpou o calunioso. Pois é, as mulheres sabem o mesmo que os homens, e os homens sabem o mesmo que as mulheres.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Um pouco antes de prometer 2011

Antes de meter os pés pelas mãos com promessas falsas e visões de futuro sem futuro, faz-se necessário o balanço. Os pontos negativos, os positivos e os do meio. Os negativos, se fossem somados, anulava nossa existência. Foram muitas vezes nos últimos 365 dias do ano que passou, que nos deparamos com aquela pessoa irritante, o maluco do trânsito, o vizinho inconveniente, o crente que quer distribuir um folheto, o ateu que quer te fazer "crente" no ateísmo, a informação repetitiva, a falta de informação, a chuva, o calor, o frio, a neve, a falta de dinheiro, o excesso de trabalho, a falta de trabalho, o amor sufocante, a falta do amor, a vida pacata, a vida agitada, o excesso de crença, a falta de crença... A montanha russa da vida, eis a questão! E por vezes nos deparamos com essas coisas, uma de cada vez, ou num mesmo dia, temos tudo junto! Incluindo a casa pra limpar!
Ufa! Precisamos mesmo de tempo. Mais dias nesse próximo ano! E provavelmente teríamos mais outras coisas para "negativar".
Já nossos pontos positivos, são tão mínimos que se fosse possível inverter a polaridade só para testar uma bússola, não seria suficiente para move-la. Falhou-nos a compreensão, o interesse pelos amigos, pelos familiares, pelo que é saudável, pelo silêncio; Faltou-nos ajudar, estar, ficar, ouvir, calar, brincar, aprender, sonhar! Se não conseguimos "positivar" nos 365 dias, então que reduzam os dias do ano!
Os pontos do meio, foram as tentativas. Das inúmeras vezes que quase não fizemos. Pensamos no certo e deixamos nos levar pelo errado; deixamos de lado a intuição e seguimos sei lá o quê! Quase fomos amigos, vizinhos, irmãos, apaixonados, tranquilos, compreensivos. Quase tivemos sempre atentos, acordados, saudáveis, em forma. Quase dormimos menos, muito, quase nada! No meio ficamos, esperando que o tempo não nos fosse inimigo, e perdemos o início desde o fim!
Então antes de fazer promessas para o futuro, vejamos o que sobrou de todos nós no último ano! O tempo que nos foi entregue de bandeja, é o mesmo que se faz entregue hoje, agora e amanhã. O que fazemos dele é o que conta. Se hoje vai ser o primeiro dia da nossa vida não sei, só sei que igual a esse não haverá nenhum outro. À todos nós: 365 dias.