domingo, outubro 17, 2010

Brasil Google Street View Apresenta:

O futuro está tão presente quanto o passado! Aliás, as duas coisas andam juntas como um grande apelo a lembrança humana de que ainda somos isso tudo: uma mistura de coisas que ainda não aconteceram e de tudo que já esquecemos ou que nunca ouvimos falar.
Existe um indivíduo que vive no futuro e mostra como ele funciona. Seu nome? Nick Bilton. Mais um que descreve o futuro tecnológico em seu novo livro que ainda pretendo comprar. Parece que esse não fez como outros autores futurólogos, que usa do medo e da catástrofe para antecipar as coisas por vir.
De qualquer forma, o futuro está mesmo aí a porta! Com a facilidade de um click e a democratização da informação seja ela ruim ou boa. Tem de tudo. Incluindo o nada!

Quando o Google tornou on-line as imagens realizadas no Brasil, esses dois mundos se fundiram.

De um lado a tecnologia, com seus zilhões de bits e bytes, do outro, todos nós, com nossas micro-gramas de ignorância e mãos cheias de estupidez! 
É o futuro, que reflecte o passado ignorado pelo presente.
Um presente que quase não questiona o que deve ser questionado, e aceita tudo como se fosse um brinde, uma caridade oriunda da boa vontade de outrem.
Um futuro que não se teme o amor, porque esse amor já se foi no passado, e nada o recupera senão o suor da camisa no ganha pão de cada dia. É o vender do almoço pra se comprar a janta!
A internet vai estar presente em todas as casas do mundo da mesma forma que a eletricidade se faz presente hoje. Não é preciso viajar muitos anos em direcção ao futuro e encontramos outras formas de ensinar, de alfabetizar e de controlar. Nesse futuro que o papel será usado como forma vintage de escrever. Tudo será digital. Tudo, electronicamente digital.
Imaginar uma geração inteira de analfabetos em escrita manual, ou alérgicos à coisas impressas, faz das bibliotecas existentes, artigos de luxo futurista, ou cartas com selo que pra se colar usa-se a língua, coisa de filme antigo.
Celebremos o futuro, com olhos nostalgicos no presente, clamando por um passado glorioso das vergonhas vencidas ou esquecidas.
Celebremos o coelhinho da páscoa, a mula sem cabeça, o capuchinho vermelho, o nodi, os 3000 santos católicos orientais, bem como quaisquer outros santos, incluindo o pai natal.
Não deixemos que o futuro apague esse passado tão presente de coisas tolas, porque isso foi o que somos!





Um comentário:

Alzimar Cavalcante disse...

Eu gostava, quando era menina de passar a língua no selo das cartas que a minha mãe escrevia para esses antigos sorteios de rádio, quando a moda era sabonete Gessy e sabonete Eucalol rsrsrs. Sempre que ela se sentava a mesa para preencher o envelope,lá estava eu, chegava na mesa antes dela e já ia dando uma lambidinha no selo(rsrs) muitas vezes levei um cascudo da minha mãe, por fazer isso antes que ela pedisse, porque as vezes eu molhava mais selos que o necessário (rs)! Agora, com tudo moderno, globalizado,e a gente podendo ver tudo em tempo real, a lambidinha do selo ficou na história da minha e de muitas vidas pelo Brasil afora! Quiçá do mundo!!!!!!!! Gostei da lembrança!